Segundo o mais recente relatório da IDC para a EMEA, ou seja, Europa, Médio Oriente e África, o mercado de smartphones atingiu os 83,7 milhões de unidades no primeiro trimestre do ano, uma queda de 3,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, confirmando as tendências recentes de um mercado em desaceleração.
De acordo com o último Quarterly Mobile Phone Tracker da International Data Corporation (IDC), em termos de valor, o mercado gerou 26.780 milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, registando assim uma queda de cerca de 10% face ao mesmo período do ano passado. As vendas de feature phones atingiram as 45,9 milhões de unidades, com mais de dois terços das quais relativas a África.
O Médio Oriente registou a maior contracção no volume de smartphones, 18,8% abaixo em relação ao ano anterior, e uma queda de quase um terço em valor, uma vez que a recente flutuação do preço do petróleo não conseguiu traduzir-se em mais confiança e gastos dos consumidores. O mercado africano foi o que mais cresceu, cerca de 6%, com poucas mudanças nos volumes europeus.
“Nas marcas, a Huawei continuou fazendo avanços incrementais, assim como a Xiaomi, enquanto a Apple teve um trimestre difícil, com uma queda de 23% de quota de mercado na Europa, o menor resultado do primeiro trimestre em cinco anos“, disse Marta Pinto, gerente de pesquisa da IDC EMEA.
A Samsung, embora tenha registado uma queda de 6,82%, continua a líder com uma quota de mercado de 29,47%, acima dos 25,39% da Huawei que registou um incremento de 66% face a 2018. O terceiro posto é da Apple, com uma quota de 14,74%, registando uma queda de 23%. A Xiaomi também cresceu bastante, cerca de 33%, obtendo assim uma quota de 5,55%. A HMD, ou seja, a Nokia, também teve uma grande queda, menos 32,64%, estando no quinto posto com uma quota de 4,32%.
“O mercado vem mudando nos últimos trimestres de maneira relativamente previsível“, disse Pinto. “As remessas diminuíram à medida que os consumidores mantêm os seus aparelhos por mais tempo, a Apple foi desafiada com seus mais recentes dispositivos e os fabricantes chineses vêm avançando a cada trimestre“.
As atenções estarão agora centradas da Huawei e no impacto que o bloqueio dos EUA terá no fabricante chinês.