Uma pesquisa realizada pelo King’s College London, que teve como base mais de 40 estudos que envolveram mais de 40 mil jovens, concluiu que cerca de 23% de crianças, adolescentes e jovens adultos (até aos 25 anos) sofrem de PSU (Problematic Smartphone Usage) e são considerados viciados em telemóveis.
Este grupo de jovens é classificado desta forma pois denotam alguns sintomas típicos de PSU, como sentir pânico quando o equipamento não está disponível, encontrando dificuldades em controlar a quantidade de tempo que passam diante dos dispositivos ou passar tanto tempo usando o smartphone que prejudique a realização de outras actividades.
O estudo indica que esse comportamento viciante pode estar ligado a outros problemas como stress, depressão, dificuldades em dormir e problemas de desempenho na escola. “Não sabemos se é o próprio smartphone que pode ser viciante ou as aplicações que as pessoas usam“, diz Nicola Kalk, um dos autores do relatório e integrante do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neuro-ciência da instituição.
Segundo Samantha Sohn, co-autora do estudo, os vícios “podem ter sérias consequências sobre a saúde mental e o quotidiano. É necessário que os pais prestem atenção ao tempo que os seus filhos ficam nos dispositivos. Lembrem-se que o dispositivo electrónico não é uma babá do seu filho, quem deve passar mais tempo com ele são os pais e não um conjunto de placas electrónicas que cabem na palma da mão”, conclui.